Inteiro e inconfundível, é Chyna ele próprio quem está de regresso aos lançamentos a solo, com dose dupla para antever o novo ciclo que “Nem Metade/Não Me Confundam” inaugura. Depois do interregno do último ano, o rapper de Massamá e Queluz — que carrega na sua música a herança que a Costa da Caparica lhe deixou — entra a pés juntos em 2025 com a garantia de que de onde este single duplo veio há muito mais por vir.
Numa faixa marcada pelo contraste de abordagens, “Nem Metade/Não Me Confundam” expõe as duas facetas que melhor representam o reportório de Chyna — um rapper dotado ao nível da palavra, com queda quer para batidas sonantes e linhas incisivas, quer para melodias contemplativas e versos introspectivos, sempre com uma identidade muito própria vincada em cada canção.
É neste segundo registo que o MC abre “Nem Metade”, tema produzido por Gemiiny, primeira parte que serve de reflexão para um caminho que já traz consigo um rasto bem definido por Chyna — e com o compromisso assumido de seguir em frente com a mesma integridade artística que sempre o pautou. Já na outra face da moeda, Chyna volta aliar-se ao parceiro de sempre para impor uma demonstração de força no beat — instrumental desenhado pelo versátil Fumaxa, com quem Chyna desenvolveu o melhor da sua sonoridade desde os primórdios da sua carreira.