Hélio Morais apresenta ‘Pisaduras’ no CCB

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Hélio Morais, músico conhecido pelo seu trabalho nos Linda Martini e nos PAUS

No sábado, dia 9 de março, Hélio Morais, músico conhecido pelo seu trabalho nas bandas Linda Martini e PAUS, apresenta no Pequeno Auditório do CCB, o seu álbum de estreia “Pisaduras”, já disponível em todas as plataformas digitais.

E se o disco é também sobre partilha, os concertos não poderiam ser diferentes. O Miguel Ferrador, o João Vairinhos, velhos companheiros de Hélio Morais, estarão nas teclas e percussão, respetivamente.

A somar, estarão LARIE (guitarra e voz), bem como Emile Pereira (percussão e voz) e Méli (percussão), ambas percussionistas do COLETIVO GIRA. Um espetáculo que é também um espaço de diálogo, entre banda e público.

Pisaduras. Este é um disco sobre pisaduras; desde que se começaram a pintar na pele, até que foram desaparecendo.

Enquanto iam mudando de tom e cor, demorei-me a olhar para elas, a entender de onde vieram, porque vieram, como as sentia, o que significavam e como perdurariam na carne, ou não, mesmo depois de desaparecerem da pele.

Durante o processo, partilhei-as. Ouvir-me em voz alta, ter quem me ouvisse, acreditar num sentido de comunidade que escuta, acolhe, cuida e cura, foi o que me fez poder cantá-las agora. Hoje canto-as porque tive a sorte de ter crescido rodeado de ouvidos atentos.

Tomar consciência delas, foi tomar consciência de mim, saber que não me poderia tornar seu refém. Não lhes fugir não significou romantizá-las. Pelo contrário. Assinalá-las, questioná-las e partilhá-las, foi o que me permitiu deixá-las para trás.

Fazer um disco, este disco, trouxe-me a consciência de como estas pisaduras se tornaram passado.

O Benke Ferraz, a LUMANZIN, o Toca Ogan, o Djalma Rodrigues, o Guilherme Kastrup, a ÀIYÉ, a Cláudia Guerreiro, o Filho da Mãe, LARIE, o Miguel Ferrador, a Rita Onofre e o Edgar Valente, foram os ouvidos e as vozes que me ajudaram a fechar esta viagem. No passado tiveram outros nomes e foram igualmente ouvidos, voz e cura.

Hoje celebro todas estas pessoas nas minhas pisaduras – as da vida e as deste disco.

Hélio Morais

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