Músico, compositor e intérprete português, nascido a Norte, vê a sua história de amor com a música começar aos 14 anos, mas foi na medicina, a sua outra grande paixão, que se profissionalizou. Aos 41 anos prepara-se para editar o primeiro registo de originais onde assina letra e música de um conjunto de 10 canções de tonalidade pop, com melodias doces, onde se destacam baladas que encaixam na perfeição no que de melhor se produz no panorama da música ligeira portuguesa dos últimos anos.
ASAS, a primeira antecipação do álbum a editar ainda este ano, é também o tema que lhe dá nome, em perfeita harmonia com a história de um sonho guardado na gaveta durante 30 anos e que agora levanta voo.
Uma canção que remete ao primeiro amor e a aos sentimentos que se julgam eternos nessa altura da vida onde o para sempre é inquestionável. Uma poderosa balada que serve também como porta de entrada para o universo musical de João Marques onde a emoção, presente em letras e melodias, se funde com a maturidade e solidez de um artista que aprendeu a esperar pelo momento certo.
ASAS
Eu era pedra e tu calçada
Eras início e eu final
Tínhamos pressa, sem saber por onde ir
Tu eras céu, eu era estrada
Eu era agulha e tu dedal
Eras manhã e eu vontade de dormir
Eu era rio, sol poente
Eras mar a entardecer
E eu corria da nascente
Pra te ver
Mas quando um rio chega ao mar
Deixa de o ser
Julgávamos os dois
Que era pra sempre e até quem sabe
Pra depois
Não víamos o fim
E não havia nenhum outro
Amor assim
Tínhamos asas, tu e eu
Chegámos tão perto do céu…
Éramos chuva e trovoada
Eu era porta e tu umbral
Tínhamos sonhos e promessas a cumprir
Eu era folha e tu ramada
Eras pimenta, eu era o sal
Fomos eternos até o tempo fugir
Dançámos valsas ao relento
Madrugadas sem dormir
Amor aceso em fogo lento
Sem sentir
Quantas canções é que deixamos por ouvir?
Julgávamos os dois
Que era pra sempre e até quem sabe
Pra depois
Não víamos o fim
E não havia mais nenhum
Amor assim
Tínhamos asas, tu e eu
Chegámos tão perto do céu…
Só pra cair