“Last Night an Angel Saved My Life” poderia ser o título clássico deste novo single do pioneiro pop do Reino Unido, Olly Alexander, que edita mais uma música do seu próximo álbum, “Polari”, previsto para 7 de fevereiro de 2025.
“Archangel” mostra Olly a recordar um momento mágico e de afirmação de vida, quando se sentiu salvo pelo amor e carinho de um parceiro e sucede- se ao emotivo primeiro single “Cupid’s Bow” e, mais recentemente, à contundente canção que dá título ao álbum e que é o tema de abertura de “Polari”. Este terceiro tema, também criado ao lado do maestro pop Danny L Harle, está repleto de sintetizadores dos anos 80 e padrões de bateria que lembram os heróis pop de Olly dessa mesma época — uma produção quente e eufórica brilha sobre uma batida pulsante que não se consegue evitar dançar.
Olly diz sobre o single: “Esta é uma canção sobre como um anjo me salvou no meu momento mais sombrio, não me refiro a um anjo mítico (ou não?), mas sim a alguém na minha vida que me apanhou quando estava triste. Estou-lhe muito grato e a todos os outros anjos (divinos e não divinos) que encontrei ao longo do caminho. Adorei fazer esta canção com o meu parceiro musical Danny L Harle, o nosso objetivo era criar algo que soasse eternamente otimista, redentor e como se tudo fosse possível. Esta é uma canção tão especial para mim e estou muito feliz por editá-la e mostrar o outro lado de ‘Polari’.”
Ao longo do novo álbum, Olly explora temas como o desejo, intimidade, voyeurismo e destino, tudo embrulhado numa paisagem sonora própria da pista de dança. “Polari” foi criado ao lado do compositor e produtor Danny L Harle. O primeiro álbum de Olly Alexander com o seu próprio nome tem como principal inspiração a arte (quase) perdida de Polari.
Com origem na Europa e na comunidade cigana já em 1600, esta gíria codificada tornou-se, na verdade, uma linguagem secreta para homossexuais e pessoas estigmatizadas durante o século XX. É um conceito que Olly encontrou pela primeira vez quando se assumiu e com o qual ressoou mais profundamente ao interpretar a personagem Richie na série “It’s A Sin”, onde se debateu com questões sobre identidade, autoexpressão e comunidade. Estes tipos de música sempre povoaram a vida britânica e estão há muito presentes na história da música pop — só era preciso saber onde procurar.
Depois de uma década a lançar música como Years & Years, “Polari” é literalmente Olly Alexander a dizer o que quer que seja. Juntou-se a Danny L Harle por causa de um amor mútuo pela música dos clubes dos anos 1980, aquele período da pop intransigente e vanguardista que, mesmo assim, se infiltrou no mainstream.
“Polari” manteve-se uma estrela do Norte durante todo o processo criativo, uma linguagem que também carece de reconhecimento generalizado, mas ainda assim influente à vista de todos (ver coloquialismos como “drag”, “naff” e “trade”). O álbum chega juntamente com a construção de um mundo audiovisual em que Olly está em total controlo, desde a sua estética anárquica inspirada em Derek Jarman até Olly escrever um pequeno conto a acompanhar o lançamento do disco, repleto de cowboys, deuses e ocasionais executivos da indústria musical.
E depois de uma longa história de segredos e subtextos, “Polari” é, em última análise, um disco pop aberto e universal sobre as necessidades que transcendem o tempo, a sexualidade e o eu: o que significa pertencer, ser amado e (Polari traduz-se literalmente como “falar”) relacionarmo-nos.
O projeto marcante chegará à estrada no próximo ano em todo o Reino Unido e na Europa com a digressão especial intimista “Up Close and Polari” para a primavera de 2025.
Alinhamento de “Polari”:
1. ‘Polari’
2. ‘Cupid’s Bow’
3. ‘I Know’
4. ‘Shadow Of Love’
5. ‘Make Me A Man’
6. ‘Dizzy’
7. ‘Archangel’
8. ‘Miss You So Much’
9. ‘When We Kiss’
10. ‘Whisper’
11. ‘Beautiful’
12. ‘Heal You’
13. ‘Language’