Ricardo Ribeiro junta-se ao produtor Agir para dar vida a “Má Sorte”, uma canção que nasce das suas raízes no fado e world music, mas que ganha corpo com uma produção musical com sonoridades contemporâneas.
Escrita como uma canção de amor, “Má Sorte” explora a nossa relação com o destino. A sua sonoridade é familiar a quem conhece o fado de Ricardo Ribeiro, mas ao mesmo tempo surpreende até os seus mais fiéis ouvintes. Há influências de quem encara a vida e a sua música com os olhos postos no Mediterrâneo, um fado de olhos virados ao nosso leste, a latitudes que vão do Médio Oriente ao Norte de África e à Ibéria, tudo conjugado com uma produção atual e fresca.
Já a letra e a temática da canção partem de um pensamento do artista; de que todo o mundo é feito de contrastes e dualidades – o bem e o mal, a sorte e o azar – são iguais em natureza e para um existir o outro também tem de se manifestar.
Nesta canção, Ricardo Ribeiro expressa que na verdade a má sorte não existe – nem má, nem boa. Não deve ser qualificada, porque a sorte de cada um é aquela que escolhemos e construímos com as oportunidades que a vida nos dá, é na verdade o nosso destino, o nosso fado.
“O destino baralha as cartas e a gente joga. Este tema tem tudo a ver com a minha infância e a minha juventude – foram-me dadas certas cartas para jogar, mas eu escolhi o meu destino com os trunfos do baralho da sensibilidade, da consciência, da sabedoria e da perseverança. De onde venho, eu podia ter sido o caminho da derrota da falta de propósito e ambição; mas não, construí a minha sorte de alguma maneira, confiei nos astros e no Homem e fui construindo meu próprio caminho”, conclui Ricardo Ribeiro.
O videoclipe, com realização de André Caniços, leva-nos numa viagem por lugares que marcaram a vida do artista: o Bairro da Ajuda em Lisboa onde cresceu, lá visitamos a casa onde viveu e a sede do Sporting Clube do Rio Seco, clube desportivo que o seu pai co-fundou; No Alentejo vamos até à aldeia de Cabrela – os seus montes e as suas gentes – onde Ricardo Ribeiro vive atualmente, onde construiu e cimentou uma comunidade e uma família. Vemos a cidade e o campo, o lisboeta e o alentejano, que se fundem numa só pessoa.
A nova etapa de Ricardo Ribeiro, que dá os primeiros passos em “Má Sorte” e promete mais novidades ao longo de 2025, explora as suas diferentes identidades musicais e culturais através da temática da dualidade, das duas faces de uma mesma moeda.
Neste primeiro indicativo do disco que aí vem, em “Má Sorte”, apresenta-nos já um visual cultural com referências não exclusivamente portuguesas, uma canção que vive e se expande no seu multiculturalismo de influências sonoras e culturais.
Esta cultura e os contrastes estarão presentes por toda esta nova era – nas músicas, nas letras, na imagética e nos símbolos usados. Acompanhado também de uma nova identidade visual, com direção criativa de Sérgio Onze, Ricardo Ribeiro surge com um projeto visualmente forte e que promete ser disruptivo.