Spliff tem uma carreira consolidada de produtor com trabalho com diversos coletivos rappers portugueses. No entanto, algo o chamava para a frente dos palcos. Em 2017, ele lançou seu primeiro disco e quando a carreira começava a andar veio a pandemia. Mas como Spliff costuma dizer “nem sempre quem luta ao nosso lado, morre por nós”. E, assim, ele acaba de enterrar o passado neste vídeo.

As imagens falam por si: ao longo de um minuto, Spliff anda sob a chuva, abre uma pequena cova e nela enterra seu próprio álbum e o cordão com o pingente de número 75 que usava ao pescoço, uma referência ao seu antigo coletivo. É o fim de uma fase e o anúncio de uma nova era, desta vez com o lançamento do single “Bala no Crânio”, com produção da Panela Rec Portugal.

“O single “Bala no Crânio” surgiu num fim de semana na casa de um amigo, o Rafman. Depois, em conjunto com o Guerra e o Daus, que produziram o instrumental. A música tem inspiração – e desabafo – no meu passado. Acho que o tema, de resto, fala por si”, contou Spliff que já produziu grandes nomes como Ordem Nula, Bispo, Piruka, Dillaz, Tilhon e Costa Gold.

A transição dos estúdios para os palcos não foi fácil, mas com o tempo tornou-se prazerosa para Spliff, que hoje adora cantar suas próprias canções:

“No início foi um pouco surreal. Eu nunca sonhei em pisar no palco, e quando comecei a dar voz aos meus temas era a última coisa que imaginava, ver pessoas a cantar as minhas músicas comigo. Mas assim que dei esse passo, percebi o que eu gosto de fazer de verdade”, disse o rapper.