Quem pela Rua do Ferragial passasse ao longo da tarde de sábado passado daria de caras com o inusitado ao vivo e a cores: o autor de COR D’ÁGUA em carne e osso, a fazer das suas, que é como quem diz música nova. A fazer de uma galeria o seu próprio estúdio, T-Rex abriu portas ao seu processo criativo levantando, nesse dia, o véu a “AMANHÔ, que se acaba de desvendar.
Foi na companhia de alguns dos seus mais fiéis fãs que Daniel Benjamim mergulhou em mais uma sessão criativa, que o levou a construir uma nova canção dos pés à cabeça. Passou pela escolha do instrumental até à gravação da voz, perante uma privilegiada audiência que desenvolveu o seu novo – e próximo single, segundo confidenciou no final do processo a quem se deslocou até à morada que T-Rex misteriosamente partilhou na véspera.
De volta a casa como quem nunca de lá saiu, T-Rex reivindica em “AMANHÔ o valor do caminho que trilhou até chegar onde está hoje. Tanto a reforçar o mérito de todas as suas conquistas — “Três álbuns, três anos consecutivos” é uma dessas medalhas aqui ostentadas (com esses três discos a serem, aliás, disponibilizados em vinil recentemente) —, como a provar que, para todos os que ambicionam o mesmo sonho, é possível. E já o dizia ele próprio no capítulo anterior. Quanto ao próximo que se avizinha, ainda estamos agora a começar a perceber o que aí vem.