A banda galega Xhamain, natural de Vigo, foi uma das bandas que mais me impressionou no Festival Milagre Metaleiro Open Air 2023.
Xhamain, é a combinação das duas noites mais mágicas do ano na Galiza: o San Xoán (X) e o Samaín (amaín), com o ‘H’ a representar a ponte que une as duas noites, assim me explicou a simpática Mariah Fosado. Um simbolismo que a banda transporta e que os orgulha das suas raízes.
Longe do mediatismo das bandas cabeças de cartaz, os espanhóis, a actuar pela primeira vez em Portugal, apresentaram uma composição musical e vocal bastante interessante, conjugaram a voz cristalina, doce e melodiosa, da vocalista, Mariah Fosado, com um ‘back vocal’ rude, agreste e rouco, do Ruben Alonso, fazendo deste contraste algo de divino e misterioso.
Assim é, a beleza da vocalista, o ritmo, a alegria em palco, a energia que emana para a plateia, em contraponto com a voz repentina e monstruosa, do guitarrista Ruben Alonso, torna a composição sonora muito interessante.
Ruben Alonso e Mariah Fosado, fundaram a banda, casando diferentes influencias, o guitarrista toca na banda, de Deth Metal/Gothic Metal, os Fallen Sentinel, enquanto Mariah transitou do Folk, tornando a sonoridade dos Xhamain fascinante e arrebatadora.
Vestidos de preto, em consonância com as noites mágicas da Galiza, sóbrios e sem exageros na caracterização, ‘a menina do capuchino preto’, assim vestida entrou em palco, encantou-me a mim e a todos quantos assistiram ao concerto dos Xhamain.
É, pois, para os aficionados de um Metal mais moderado, do género Gótico Sinfónico Céltico, uma banda a seguir com muita atenção no futuro.
Alinhamento: Intro: Entrando na Alma – Eterna Soedade – Insomnio – Tempo Atrás – Plenilunio 1 – Reflexo – Plenilunio 2 – Ó Son do Mar – Plenilunio 3 – Amencer – Soño de Inverno
Aqui deixo dois videoclip para aguçar o apetite dos fãs do Metal mais moderado.