O Festival Sol da Caparica, versão 2023, foi bem melhor que a versão do ano passado. Não só em termos organizativos, mas também no cartaz que apresentou. Com um maior número de palcos, o Sol da Caparica proporcionou a vinda de mais artistas emergentes, que procuram o seu espaço no panorama musical nacional e diga-se, a maioria com muita qualidade.
De entre esses nomes, o meu destaque vai todo para Rita Laranjeira. A jovem, natural de Sintra, de 18 anos de idade, participou com 15 anos, no The Voice Portugal, na versão dos ‘adultos’, tendo chegado longe no concurso, e assinado desde logo um contrato discográfico com a Universal Music.
Com um EP já editado, ‘Jump In’, em Junho deste ano, que inclui os temas Clouds, Low key, Jump, Flowers e Oh Boy, todos eles fazendo parte do alinhamento que levou ao Sol da Caparica, a talentosa cantora prepara-se para, em Setembro, lançar o seu segundo EP.
Tendo já lançado o single ‘Canções’, escrito em parceria com Diogo Piçarra, que é banda sonora da novela ‘Flor Sem Tempo’, irá lançar ‘Toque’, dia 25 deste mês, uma canção com letra escrita em parceria com Ivandro, mais um single extraído do futuro EP, que irá incluir mais músicas que o anterior. Lembrar que a cantora tem, também, na banda sonora da novela Queridos Pais, o tema ‘Clouds’.
Não tenho dúvidas que Rita Laranjeira irá ser um caso sério na música pop nacional, no Festival Sol da Caparica actuou no palco Red Tazz, o terceiro palco do evento, mas merecia outro destaque, pela qualidade musical apresentada e pelo nível dos artistas que no outro palco actuaram, era o palco secundário que melhor se adequava às suas qualidades vocais e artísticas, onde a iluminação era de qualidade superior e daria ainda mais brilho a todo o seu talento e às suas interpretações.
Com uma forte presença em palco, muito dinâmica, com coreografias bem ensaiadas e uma voz melodiosa, Rita cantou e encantou todos os que ali acorreram, e eu não fui excepção, durante cerca de 50 minutos.
Misturando letras em inglês e português, em algumas das suas canções, Rita conseguiu um mix bastante ‘original’ e que resulta na perfeição. Graças à sua articulação vocal, em que define bem as pausas e se percebem as letras com clareza, faz com que as suas músicas fiquem no ouvido e haja coro vindo da plateia.
Rita Laranjeira é, pois, já um nome que veio enriquecer o panorama musical nacional, tem tudo para atingir outros patamares que facilmente se adivinham serem dela, tem talento de sobra para isso, assim ela saiba administrar a sua carreira. Fico ansiosamente à espera do próximo palco que irá pisar assim como ouvir o seu futuro trabalho de originais.
No Sol da Caparica cantou: Clouds – Oh Boy – Dua Lipa – Toque – Canções – So Tu – Flowers – Industry – Jump – Low Key
Fotos do concerto AQUI por Joaquim Galante